Originais

Espelhos: Nada vem do Nada.
                                  De nihilo nihilz



“Condessa, está na hora.” O lacaio avisou a imponente ex-senhora do Castelo Čachtice. Ela levantou os olhos escuros e frios lentamente de seu reflexo a penteadeira, para os olhos azuis do serviçal.

Ele ficou esperando ver alguma emoção nos olhos da mulher. Ela havia sido levada a julgamento, havia perdido o marido sete anos atrás, cresceu em um ambiente de guerra e, agora, depois de acharem o diário, ela havia sido condenada e seria emparedada. Um pena terrível pra uma mulher tão vaidosa, pensava o homem.

Só que a única emoção que ele via em seus olhos era o nojo e o desprezo que ela costumava direcionar a ele.  As pequenas rugas que já se formavam em seu rosto moreno e gasto do sol, apareciam em profundas marcas ao redor dos olhos e da boca. Seus olhos azuis, acima do fino nariz, eram sempre bondosos demais e Erzsébeth detestava isso quase tanto quanto detestava o porco que havia a condenado.

Uma condessa levada a julgamento era ridículo, humilhante e decadente! Uma condessa Hungra, Eslovaca, vinda de família nobre. Era ultrajante!

“Vossa alteza Ilustríssima, eu não gostaria de ter que lhe apressar, mas se não sairmos agora-“ o homem começou com simplicidade.

“Eu já estou indo.” Respondeu, gélida.

O empregado assentiu, e fechou a porta do que havia sido seu quarto. Ela levantou do banco almofadado em veludo vermelho e acariciou a penteadeira banhada a ouro e com a tampa de mármore escuro. Inúmeros produtos de beleza espalhados pela superfície. Pentes, perfumes importados dos mais variados foram todos ao chão quando a bela Erzsébeth Bathory, com força, os jogou ao chão.
O barulho dos vidros quebrando em milhares de cacos foi a última coisa que ela ouviu antes de migrar de seu quarto nobre até a porta, onde seu serviçal da Eslováquia a aguardava, ansioso.

“Onde está a carruagem?” perguntou apenas.

“Na porta dos fundos, senhora.” Ela assentiu e seguiu três passos a frente, com nariz empinado e postura de uma rainha.

Ela tinha sua dignidade pra zelar. E ela faria isso até o fim de seus dias.




16 comentários:

AriadneSiqueira disse...

teste

Nise disse...

ansiosa!!

Nise disse...

prólogo mais que perfeito!

Unknown disse...

aiiiiiiiin eu ameeeeei*--*
contiiinua...

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Amei!!
Estou Curiosa para mais!!!! *----*

Unknown disse...

mais, mais, mais!
quero ler mais!
parabéns Ari! ♥

Unknown disse...

maaaaaaais, claro!
amei, amei o prólogo ♥
continue a postar,continue a postar... continue a postar,continue a postar... lálálá... (8) 'kkkkk

beijoos. ♥
By Annie C.B.

Anônimo disse...

Ameei! ficou muuito bom :D
POoosta logo, beeijo

Gabi disse...

Sério não vou mentir, adorooo suspense, drama e essas coisas sobrenaturais!
Nunca tinha ouvido falar de Erzébeth, sério que essa mulher tomava banho com o sange de garotas virgens?
Mto estranho isso.
Fiquei bem intrigada com a história, e com certeza vou querer ler mais dela :D
Beijos, Gaab.

M. disse...

Eu também nunca tinha ouvido falar de Erzébeth. Estranho.. gostei da história. coisas sobrenaturais, todos gostam né? kk' espero ela.

M.

Unknown disse...

ai que tudoioo!!
perfooh..
ameioo
serio, o Vaca ambulante essa Erz naoseidasquantas!!\
un `rainha` senta lah no banquinho

Unknown disse...

Ariiiiii
*carinha da Alice*
Parabensss, babe!!!

Unknown disse...

Amei!
Continua por favor!!!
Feliz Natal!!!
Bjs ♥

Ráh disse...

Oiiiiiiiiiiiii

É lógicooooooo qe EU (Raahh) tinha qe passar aki ao menos pra deixar um Oizinho!

Menina preciso te dizer, adorei o prólogo, muito diferente... Essa fic promete ;D

rsrs'

Bom, boa sorte (de nv) com o seu blog e temos de atualizar VDL 'xDD

bjinhos Rah

Adriana disse...

AaaaDoooReeeiii.....
Simplesmente PERFEITO o prólogo desta fic...
Aguardo ansiosa pelo desenrolar...
POSTA LOGO, PLEASE...
Abr e Bjs
Dricamcotur
:- ))

Postar um comentário